
Engraçado!
Isso me faz lembrar de minha infância, uma época em que isso acontecia com certa frequência. Era uma ocasião que, obrigatóriamente, o diálogo e o convívio familiar se punham à prova.
Minha mãe corria para ascender o maior número de velas que encontrava na gaveta do armário da cozinha. Meu pai pegava um rádio à pilhas que dificilmente era ligado quando a rede elétrica funcionava sem problemas.
Sempre procurávamos pela tal lanterna que só era enontrada dias depois, quando já não tinha utilidade. Conversávamos muito, ainda mais do que o habitual.
Eu e Minha irmã bincávamos com as sombras e acabávamos, quase sempre, achando graça em joga rouba monte ou algo parecido enquanto minha mãe terminava de preparar o jantar, que seria servido à luz de velas.
Que saudades daquela época!
Era gostoso espiar, do quintal de casa, os apartamentos do prédio da outra rua. Ficávamos de olho nas janelas lá do alto e assistíamos o movimento da luz das velas naqueles quadradinhos onde, vez ou outra, alguém aparecia para conferir a escuridão.
Depois da instalação de uma nova rede elétrica na região, estas noites se tornaram raras. Mas, quando, eventualmente, por conta de uma chuva muito forte, como hoje, vem à mente a lembrança das brincadeiras no escuro e do frio que dáva na barriga quando as luzes todas se apagavam e davam início à tantas idéias, conversas e risadas.
Engraçado…
A lnaterna continua escondida em algum lugar…
Melhor mesmo não encontrá-la.
Só assim é possível assistir a dança das luzes das velas.
Boa noite!
Um comentário:
passamos o resto da vida esperando pelo blackout que vai trazer todas essa lembranças com gosto de saudade. Pra mim tb tem esse gosto.
A lua que só iluminva as crianças com roupa branca (rs), as brinacadeiras que só tinham graça quando faltava energia.
ô saudade...
beijão grandão
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