
Há duas semanas ganhei de um amigo muito querido, o Preto, o livro Quase tudo, de Danuza Leão. Aliás, foram vários livros que o Preto me deu, mas este, como ele mesmo disse, o Quase tudo é um guia de sobrevivência, um manual para se livrar de tudo aquilo de infeliz que alguém possa causar a si próprio.
Danuza é fantástica. É inteligente e refinada demais. Uma diva.
Logo nas primeiras páginas do livro, ela dispara uma reflexão que me fez pensar por dias, até que eu tivesse a certeza de sua profundidade e de nunca ter visto alguém dizer nada parecido com isso, com tanta autoridade e segurança: “Comecei a desconfiar que o amor não é tudo; até é, enquanto se está amando, mas, para viver uma paixão, é preciso renunciar à própria vida, uma opção perigosa que não costuma ser eterna”.
Pois é... Até onde vai o direito de alguém impor sua vontade e querer que você se dobre diante de seus desejos? Até que ponto é inteligente ceder ao convite de alguém que diz ser capaz de lhe fazer plenamente feliz?
São tantas as promessas...
Prefiro continuar viajando sozinha, e passeando pelas escadas rolantes dos aeroportos. Assim, continuo bisbilhotando o mundo dos outros. Afinal, cada um, um mundo.
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