5.5.11

Aterrissagens...

Em fevereiro, conversava com um amigo que me perguntou “Qual a sensação que você mais gosta de ter?”, respondi “De desprendimento!”.

Pois é...
Essa é a sensação de que, até então, eu mais gostava.

Há alguns anos, se me perguntassem “Você gosta de voar?” eu responderia “Não, morro de medo. Se tivesse que voar teria nascido com um par de asas!”. Hoje, depois de tantas mudanças, aprendizados, perdas e conquistas, descobri que as decolagens me fazem feliz. Muito feliz!
Adoro a sensação de sair do chão, de ganhar o céu, e ver o quanto tudo é tão pequeno - quando visto lá do alto.
Depois disso, a aterrissagem. A percepção da grandeza de um abraço que te espera onde quer que seja o destino do teu desembarque. Aliás, me parecem tristes as pessoas que desembarcam sem ter ninguém à sua espera. Enfim...

Agora, pronta para o novo embarque, dessa vez com um novo propósito (que não seja trabalho), penso no então “desprendimento”. Que, aliás, foi o tema da terapia - na última segunda-feira.
Acho que chegou a hora de arriscar uma jogada que ainda não fiz, que não conheço o resultado, e acabo evitando por medo de cometer erros que eu não possa reparar. Sempre foi assim. Minha impiedosa auto-crítica sempre me fez abrir mão de planos que eu não fosse capaz de cumprir. Acabava entregando a tarefa à quem eu imaginava ser mais competente do que eu. Bobagem. Uma grande bobagem.

Reler o blog, especialmente as postagens “Quase Tudo” (26/05/2009) e “Cada um, um mundo” (01/11/2008), me faz perceber que o tempo ensina muito e, como acaba de dizer minha irmã, “A idade só faz diferença se você for um queijo, ou um vinho”. Portanto, estamos prontos para um brinde.

Está na hora de decolar, aterrissar e abraçar quem me espera tão longe daqui.
Está na hora de pousar e arriscar, de me entregar.

Salut!

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