O que faz um astrônomo numa noite nublada, onde não é possível avistar a lua - e muito menos as estrelas?
Para os índios, os marinheiros e os aviadores, uma experiência cega, às escuras, de tentar encontrar o caminho de casa. Já para o astrônomo, um exercício de reconstrução. Ele, provavelmente, é o único que conseguiria recriar todo o céu em sua mente, dizendo nome e sobrenome de cada uma das pequenas estrelas que alguns notam vez ou outra. Ou quase nunca. Talvez bem poucos as percebam, como eu e você.
Hoje, a noite em SP é assim. Nublada. Me coloco, então, à mercê de um desafio: Recriar o céu que conheço tão bem. O teu.
Como o teu céu é lindo!
Fico aqui, com os olhos fechados, matando a saudades de uma lembrança que é só minha. De um céu que ninguém será capaz de apagar de minha memória.
Esse é um caminho que só eu conheço tão bem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário