Engraçado…
Depois de um bom tempo sem escrever (isso não quer dizer que eu não tenho motivo ou assunto, muito pelo contrário, mas algumas vezes é melhor calar...), me flagro tentando entender o quê eu realmente gostaria de dizer... E, principalmente, à quem e como dizer.
Apenas para registro, e para que o texto abaixo faça algum sentido, nesse momento, estou ouvindo Love’s Theme, de Barry White (tida como uma das mais belas obras fonográficas).
Retomando...
Ouvindo Love’s Theme é possível, pra quem curte esse tipo de som ou tem sensibilidade musical um pouco mais apurada, perceber que essa música consegue reproduzir todas as passagens e transformações que um sentimento pode ter. Nesse caso, o amor.
Ele começa manso, como uma amizade. Toma corpo e força de uma maneira quase imperceptível. Passa de uma melodia linear para algo parecido com uma montanha russa. Ganha mais leveza e novos tons. Flutua, voa longe. Depois, ele se transforma, ganha peso e força. Aí, então, ele muda mais uma vez. Se torna sublime e extremamente delicado.
E, quando está prestes a terminar, sem explicação, ele volta a serenar e se mostra demasiadamente frágil... Perecível.
Acho que é por isso que gosto tanto dessa música. Talvez porque eu a ouça com a alma, e não simplesmente a escute - como a maioria das pessoas.
Então...
É assim que eu tenho vivido, e sentido.
Acordo todos os dias com a mesma lembrança, a mesma imagem, o mesmo desejo. Falta alguma coisa. Falta alguém. Falta você.
É como se a vida insistisse em me manter presa a um ciclo, uma rotina inexistente, do qual me tornei refém, sem perceber.
O pior de tudo é que conheço bem cada uma das notas de Love’s Theme e sei como ela termina... Ou não.
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