
À Lya Luft, minha total admiração.
À Arnaldo Jabor, minha paixão pela ferocidade de suas verdades.
À Arnaldo Jabor, minha paixão pela ferocidade de suas verdades.
Há umas semanas, Jabor (em sua intervenção diária na CBN, às 08:15) reclamava por créditos e críticas que recebe, com frequência, sobre textos que ele desconhece a autoria. Sorte a minha ter escrito algo, que depois de um tempo, circulava pela internet com sua assinatura (editada). Curioso como atribuíram à ele, um texto meu. Me senti orgulhosa, não posso negar.
Hoje, posso publica-lo neste blog, assumindo a autoria, baseada no direito de não me calar diante de tudo. Aliás, deste nada que virou o Brasil.
Zé Povinho? Eu?
Não foi assim que aquele tal de Marcola me chamou, como divulgada na gravação feita durante sua transferência à São Paulo?
Acho que foi. Isso mesmo. Zé Povinho!
Faço parte da massa que sustenta toda essa grande palhaçada, digna de turnê mundial como as trupes Du Soleil, que são divulgadas pelos veículos de massa, telejornais do mundo todo que pulverizam toda a informação sobre corrupção, golpes, canalhices...
E o Zé Povinho assiste a todo o espetáculo promovido por nossos singulares palhaços... Ups! Governantes. Caricatos!
Zé Povinho, né?
Mas não foi esse povinho que dividiu comigo a Avenida Paulista, naquela passeata dos Caras Pintadas?
Palhaços? Nós!... Nós, que defendemos, naquela época, o tal impeachment... É isso!
Que acreditamos no discurso inflamado do barbudo, suposto trabalhador, operário. Será? Bom, é o que dizem! Eu nunca o vi trabalhando...
Vi, sim. Aliás, vejo. 1/3 do meu dia trabalhado escorrendo pelo ralo, para o bolso de deputados, vereadores, senadores, prefeitos, governadores, e 'talvez' (ha ha ha) até para o tal barbudo. Se bem que, da maneira que ele nada vê, nada sabe, 'talvez' (realmente) não dê tempo para que ele abocanhe sua grossa fatia.
Pois é... E o Zé Povinho?
Hunf! Não pode parar pra pensar, pra discutir o assunto, porque senão, atrasa o fluxo do ralo, e acaba levando ainda mais tempo pra arrecadar aquele 1/3 dos barbudos.
Mas, peraí!
Se o país está escoando grana pra todo o lado (sim, porque se tem tanto palhaço mamando é porque está sobrando, né?) por que não retribuir ao Zé Povinho o seu esforço? Esforço esse que corresponde a 146 dias trabalhados para alimentar o ralo dos barbudos. Talvez existam muitas sugestões para isso. Ouço várias, todos os dias, sempre dadas pelo Zé Povinho.
A massas pensa, sabia? Há todo momento se ouve falar em Educação (mas, se instruir o povo, a massa, ficará difícil governá-los), Transporte (até porque o Zé Povinho precisa chegar ao trabalho), Saúde (Ha Ha Ha), coisas tão simples, tão básicas...
Aí... O Zé Povinho acaba mais um dia de trabalho. E no caminho de volta, é assaltado também na rua por um cara que leva embora o que resta de sua dignidade (depois de termos sido dilapidados durante 1/3 do dia, durante os 146 dias que entregamos passivamente nosso bolso ao governo)... Pois é... É o Zé Povinho entregando seu suor, durante o dia ao governo, e o quê sobra (seus trocos, seus documentos, e as vezes sua vida na mira de um revolver) ao meliante, mais um vagabundo (desta vez, sem gravata).
Caramba!
Quando é que o Zé Povinho vai acorda?
Quando é que o Zé Povinho vai sair do transe, do estado de anestesia moral?
Zé Povinho? Eu?
Não mesmo!
Cansei!
Passados 15 anos do impeachment de Collor, minha cara pintada tem um tom mais agressivo, mais doído, mais duro!
Quero mostrar minha cara, minha raiva, minha indignação.
Quero falar, ser ouvida e, principalmente, respeitada!
Com, ou sem, um novo barbudo, eu estou indo para a Paulista. De novo! Mas, desta vez, não tão inocente. Não tão sugestionável!
Zé Povinho, Eu? De jeito nenhum!
PS.: Que fique bem claro o seguinte: O tal barbudo jamais teve um voto meu, e nunca o terá. Na ocasião do impeachment, a UNE - UMES - UBES, ou seja lá qual for a sigla que eles usam hoje me dia, fretava ônibus e arrebanhava estudantes nas portas dos colégios. Ovelhas sem muita orientação política. Tínhamos apenas vozes, apitos e caras que estampariam capas que publicavam o sonho de uns e o interesse de outros.
Mas hoje... Depois de 15 anos... Já não sou uma ovelha.
Não foi assim que aquele tal de Marcola me chamou, como divulgada na gravação feita durante sua transferência à São Paulo?
Acho que foi. Isso mesmo. Zé Povinho!
Faço parte da massa que sustenta toda essa grande palhaçada, digna de turnê mundial como as trupes Du Soleil, que são divulgadas pelos veículos de massa, telejornais do mundo todo que pulverizam toda a informação sobre corrupção, golpes, canalhices...
E o Zé Povinho assiste a todo o espetáculo promovido por nossos singulares palhaços... Ups! Governantes. Caricatos!
Zé Povinho, né?
Mas não foi esse povinho que dividiu comigo a Avenida Paulista, naquela passeata dos Caras Pintadas?
Palhaços? Nós!... Nós, que defendemos, naquela época, o tal impeachment... É isso!
Que acreditamos no discurso inflamado do barbudo, suposto trabalhador, operário. Será? Bom, é o que dizem! Eu nunca o vi trabalhando...
Vi, sim. Aliás, vejo. 1/3 do meu dia trabalhado escorrendo pelo ralo, para o bolso de deputados, vereadores, senadores, prefeitos, governadores, e 'talvez' (ha ha ha) até para o tal barbudo. Se bem que, da maneira que ele nada vê, nada sabe, 'talvez' (realmente) não dê tempo para que ele abocanhe sua grossa fatia.
Pois é... E o Zé Povinho?
Hunf! Não pode parar pra pensar, pra discutir o assunto, porque senão, atrasa o fluxo do ralo, e acaba levando ainda mais tempo pra arrecadar aquele 1/3 dos barbudos.
Mas, peraí!
Se o país está escoando grana pra todo o lado (sim, porque se tem tanto palhaço mamando é porque está sobrando, né?) por que não retribuir ao Zé Povinho o seu esforço? Esforço esse que corresponde a 146 dias trabalhados para alimentar o ralo dos barbudos. Talvez existam muitas sugestões para isso. Ouço várias, todos os dias, sempre dadas pelo Zé Povinho.
A massas pensa, sabia? Há todo momento se ouve falar em Educação (mas, se instruir o povo, a massa, ficará difícil governá-los), Transporte (até porque o Zé Povinho precisa chegar ao trabalho), Saúde (Ha Ha Ha), coisas tão simples, tão básicas...
Aí... O Zé Povinho acaba mais um dia de trabalho. E no caminho de volta, é assaltado também na rua por um cara que leva embora o que resta de sua dignidade (depois de termos sido dilapidados durante 1/3 do dia, durante os 146 dias que entregamos passivamente nosso bolso ao governo)... Pois é... É o Zé Povinho entregando seu suor, durante o dia ao governo, e o quê sobra (seus trocos, seus documentos, e as vezes sua vida na mira de um revolver) ao meliante, mais um vagabundo (desta vez, sem gravata).
Caramba!
Quando é que o Zé Povinho vai acorda?
Quando é que o Zé Povinho vai sair do transe, do estado de anestesia moral?
Zé Povinho? Eu?
Não mesmo!
Cansei!
Passados 15 anos do impeachment de Collor, minha cara pintada tem um tom mais agressivo, mais doído, mais duro!
Quero mostrar minha cara, minha raiva, minha indignação.
Quero falar, ser ouvida e, principalmente, respeitada!
Com, ou sem, um novo barbudo, eu estou indo para a Paulista. De novo! Mas, desta vez, não tão inocente. Não tão sugestionável!
Zé Povinho, Eu? De jeito nenhum!
PS.: Que fique bem claro o seguinte: O tal barbudo jamais teve um voto meu, e nunca o terá. Na ocasião do impeachment, a UNE - UMES - UBES, ou seja lá qual for a sigla que eles usam hoje me dia, fretava ônibus e arrebanhava estudantes nas portas dos colégios. Ovelhas sem muita orientação política. Tínhamos apenas vozes, apitos e caras que estampariam capas que publicavam o sonho de uns e o interesse de outros.
Mas hoje... Depois de 15 anos... Já não sou uma ovelha.
Um comentário:
Não gostei desse texto.
Eu detesto Lula e petistas em geral. Só que pra mim, eles estão ABAIXO DA CRÍTICA. Chamá-los de oportunistas, boçais e canalhas já virou tédio . E falar mal desses vagabundos dá a impressão de uma coisa assim, meio cristã, como se tivéssemos tido, algum dia, qualquer esperança. Não há esperança em política. Que, aliás, é coisa de desocupado burro.
E não gostei nada de seus elogios ao Jabor.
Eu me senti até velho, pois sou do tempo em que Jabor era considerado picareta. Saiu da Folha acusado de plágio. O problema nem era a coisa do plágio em si. A questão era de QUEM ele plagiava. Não, não era do Nelson Rodrigues, de quem ele é um imitador sem graça.
Ele plagiava a si próprio!
Por várias vezes o ombusdman da Folha o flagrou fazendo isso, requentando crônicas, apenas mudando nomes.
Além do mais o Jabor foi o mais escancarado chupador de saco do FHC. Foi o mais famoso " chapa branca" dos tempos do sociólogo frouxo que adorava meramente as pompas do poder. Aliás, foi por causa do péssimo governo FHC que deu Lula.
E o Jabor, além de tudo, é muito " high society" como se dizia. Vive rodeado de socialites e até....frequenta lugares como aquela coisa que vocês chamam de PACHA!!! ( isso saiu na Piauí ).
É um bundão com aquelas operações plásticas ridículas. E ficou devendo explicação para uma denúncia da "ISTO É" de ter enviado um milhão de dólares para fora.
Qto a Lula e petistas, só vale crítica "psicanalítica", digamos assim. Ou crítica estética. Ou a velha crítica de costumes. Ou peteleco, cascudos. Coisa rápida.
Nada de crítica " política " com esses recalcados autoritários.
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